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Últimas opiniões enviadas

  • vagnerfoxx

    Tem Alguns Spoilers...

    Capitão Caverna! Professor comunista socialista anarquista niilista exilado auto excluído naturalista louco marido e pai de seis filhos, que decide criar sua família numa floresta, longe da sociedade, sem contato com TV, celulares e computadores, religião e o tal fictício consumismo, se vê obrigado a voltar pra essa Babilônia, depois que sua esposa estica as canelas.

    Começa então, o retorno de Ben Cash (Viggo Mortensen), para o mundo real, pro mundo onde você precisa t.r.a.b.a.l.h.a.r. para ganhar dinheiro, compra casão, carrão, iate, apto, passear e todo ano trocar de iphone quando sair um novo. E não viver nesse mundo de educação extraordinária, comportamento de lorde e de esportista, se você não for útil pra você e para o mundo, sendo o mesmo a grande prostituta bíblica ou não.

    Dirigido por Matt Ross, "Capitão Fantástico" confronta de forma incrível a fabula de um pai ultra conservador e controlador liberal, num mundo onde todas as pessoas bebem desse cálice maldito para se viver. Uns com moderação, outros o necessário e uma grande maioria se embebedam até a última gota dessa maça proibida. Eva foi foda!

    Dilemas são quebrados, dogmas são destruídos e valores são renovados. Mãe é mãe, não existe ideologia no mundo que altere o amor que se tem por ela. Não cabe aos Capitães Fantásticos da vida, obrigarem seus filhos a seguirem seus rastros. E quando a água bate na bunda de Ben, a sua perestroika de caverna começa a ruir. O mundo podre é apresentado aos rebentos, mas o mundo real, magnifico e necessário também. Mas ele dó foi aceitar, quando um acidente desnecessário acontece.

    O filme tem cenas e diálogos incríveis, como a vida deles na floresta, com eles caçando, treinando e escalando montanhas. O jantar na casa da cunhada, com os seus filhos arrebentando os tios e primos nas ideias. O xaveco cabaço e furado do Bodevan, e a cena épica de Ben e seus filhos chegando na igreja, com ele todo de vermelho e dando aquele discurso foda! Cê é loco. E depois, lógico a interpretação de "Sweet Child O' Mine", do Guns N' Roses, depois de eles terem roubado o corpo da mãe, pra fazer o enterro pagão dela.

    "Sempre fale a verdade. Sempre tome o caminho certo. Viva cada dia como se pudesse ser o último. Beba-os. Seja aventureiro, ousado, mas saboreie. Acaba rápido. Não morra".

    São os últimos conselhos do pai para o filho.

    Em suma, "Capitão Fantástico" faz a gente ficar com um sorrisão no rosto, abordando de forma brilhante temas familiares, direitos, ideologias, sociedade, fuga da sociedade, que promove uma discussão ótima sobre relacionamentos entre pais, filhos e familiares. É um filme progressista sim, mas também faz uma bela critica ao radicalismo, buscando algumas verdades, nessas ideias fantásticas de um agora ex-capitão, que agora passou a ter novas ideias, novas escolhas e valores melhores.

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  • vagnerfoxx

    Tem Alguns Spoilers...

    Trauma, trauma, trauma. O que levou Will (Ben Foster) fugir pra floresta com sua filha adolescente, Tom (Thomasin McKenzie), sempre ficava fitando meu cérebro. Em todas as circunstancias ideológicas, sociais e patológicas, "Sem Rastros" foi deixando rastros, pra gente entender os motivos de Will.

    E meio a acampamentos na floresta e fuga da civilização, Debra Granik, vai montando os mistérios de Will, enquanto a dramática auto exclusão vai sendo mostrada. Por mais que ele tivesse tido essa escolha, ele não poderia sacrificar sua filha, com seu passado traumático. Por mais que a vida seja dele, ele seja responsável por sua filha menor de idade e ele tenha ideias diversas sobre a situação do mundo. Ele não batia bem da cachola.

    As alternativas que ele buscou pra sua vida e pra sua filha, tapava seus problemas com folhas das arvores, mas a longo prazo, que futuro Tom teria? Ele esticaria as canelas e virado adubo pra cogumelos depois, mas e sua ilha? Ela ficaria vivendo a vida dos pai, suas escolhas, suas dores sem saber por quê? O trama do seu pai não poderia se o norte para ela, e com apenas 16 anos, Tom entendeu que mereceria uma vida melhor.

    Consumismo, desapego e capitalismo, viram tudo lixo, quando você quer tomar uma casquinha de chocolate no Mc Donalds. Viver de vontades, num mundo cheio de delicias é uma utopia. Ver a vida da floresta, entender as motivações de Will e o amadurecimento de Tom, foi um dos grandes lances da história. E em meio a tudo isso, tem uma aventura que amarra a gente, onde as dificuldades dessa condição são mostradas sem historinha, sem poesia e sem filosofia. Precisou de hospital, precisou de médico, precisou de remédio, não tem copa de arvore que te ajude. Hobbits e Elfos estão em outros filmes.

    A direção do filme é ótima, Debra Granik vai contando o drama sem julgamentos, sem politização, sem viés ideológico, esse balaio de coisas, fica por conta de quem assiste. Em nenhum momento a motivação de Will é exposta de forma clara. Alguns fragmentos são mencionados em algumas conversas e isso foi um triunfo da história, pois manteve um mistério dramático que os roteiros de filmes precisam voltar a ter.

    A atuação do Ben Foster é muito forte, muito sincera e humana, ele não procurou ser o Capitão Fantástico, pra promover mentiras sobre si e sobre o mundo. Acima de tudo ele amou sua filha incondicionalmente, escolhendo um mundo alternativo, que na sua ótica era o melhor pros dois. Quando ele enxergou que sua filha não poderia viver sua vida e que ela tinha suas escolhas, foi muito foda.

    Como pai, ele deu tudo que tinha, o melhor e o pior. Quando viu que não tinha mais nada a dar, soltou.

    "Sem Rastros" é um belo filme e merece ser visto.

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  • vagnerfoxx

    Tem Alguns Spoliers...

    Fuga do mundo, alienação da sociedade, busca pela liberdade. "Na Natureza Selvagem" conta a história de Christopher McCandless, um jovem que fugiu de tudo. Emprego, formação, amigos, família, para viver um mundo que vivia dentro dele, um mundo selvagem e fora dos padrões que tomou a forma de Alasca. Até seu próprio nome, Christopher abandonou. Pra ele, pra natureza, pras poucas pessoas que ele encontrava e pra solidão do Alasca, Alexander Supertramp era seu nome agora.

    Dirigido por Sean Penn, e estrelado de forma magnifica por Emile Hirsch, o filme mostra uma aventura corajosa e selvagem, motivada por uma implosão pessoal e ideológica, onde os limites se internos foram alcançados, e que uma separação social era inevitável e talvez até impossível de não acontecer. Tudo vira uma viagem, uma jornada arriscada e perigosa de autoconhecimento, perdão, libertação, sabedoria e cura.

    Alexander leva a gente em bora com ele. A viagem dele pelos Estados Unidão é incrível. Numa mochila velha, ele vai para Geórgia, Dakota do Sul, Colorado, Califórnia e Alasca, onde tudo termina. Fuga de casa, trabalho em um cilo, canoa pelos cânions, vida de bicho grilo e solidão. A opera Eddie Vedder vivida por Hirsch, mostra um ser humano cheio de ilusões, culpa, medo e insegurança, que tentou exorcizar sua vida no mundo, nas profundezas do mundo selvagem, mas não do sentido pejorativo, mas em algo intrínseco do ser humano; uma busca pela pureza, inocência, paz e amor, num mundo onde todos compartilham tudo.

    Formado em direito ele entra em crise com tudo que aprendeu na faculdade, profissão e família. Com um caráter comunista e ele começa a questionar os valores da sociedade americana. E sai na loca doando parte da fortuna familiar, abandona carro, destrói seus pertences e até sua identidade, e assumi o nome de Alexander. Tudo pra buscar uma conexão com algo real e primordial, uma natureza selvagem que grita dentro dele.

    Na sua jornada, Alex explora vários lugares com passagens belas e marcante e cria vínculos temporários com pessoas diferentes como ele quando encontra. Até ele decidir de vez ir pro Alasca, onde ele passou a viver Adão sem Eva, vivendo num ônibus azul abandonado, “ônibus mágico”, deixado acho que por outros viajantes como ele. Lá ele viveu de pequenas caças e frutas silvestres, onde na solidão ele mergulhou dentro de si, nos seus pensamentos e sentimentos, para tentar buscar a sua verdadeira essência.

    A direção do Sean Penn é magnifica, acredito que é o seu melhor trabalho como diretor até hoje. As imagens captadas são deslumbrantes, ao som das musicas do Eddie Vedder, onde as letras faziam todo sentido com a jornada. Emile Hirsch também entrega seu melhor trabalho, sua atuação é marcante e diferente de tudo que ela já fez ate hoje.

    Além de Hirsch, o elenco conta com Jena Malone, Kristen Stewart, Brian H. Dierker, Vince Vaughn, William Hurt, Catherine Keener, Marcia Gay Harden, Hal Holbrook.

    "Na Natureza Selvagem" é um clássico dos anos 2000, no cinema a experiência foi marcante.

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  • André Zanarella
    André Zanarella

    Oi Vagner
    Bom dia
    Espero que possamos desenvolver uma boa amizade
    abraço

    É curioso como as cores do mundo real parecem muito mais reais quando vistas no cinema. Laranja Mêcanica

  • Joy Candeia
    Joy Candeia

    Adorei o que escreveu sobre Clímax do Gaspar noé, sintetizou exatamente o que senti quando assisti a anos atrás!!!!

  • XXXsadbeautifulXXX
    XXXsadbeautifulXXX

    obrigado :D <3

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