Ivonete

Essa quinta temporada recolocou a série no nivel de excelência das duas primeiras temporadas, que havia perdido nos monótonos terceiro e quarto anos.

Começa morna, mas ganha ritmo e qualidade com o desenrolar da temporada.

SPOILERS:

Me incomodou um pouco aquele olhar de psicopata que June (Elizabeth Moss) tem nos primeiros episódios da temporada. Mesmo que concordemos que ela tem todos os motivos do mundo para se vingar de Fred, sua vingança teve ares grotescos e de desequilibrio, o que passa um pouco dos limites em se tratando de uma mulher revolucionária que deve ser seguida como exemplo de empoderamento.

A temporada foi de Elizabeth Moss e Yvonne Strahovski (Serena) com atuações absolutamente sensacionais, protagonizando um dos episódios mais brilhantes de toda a série, especialmente na sequência em que Serena dá a luz Noah e é ajudada por June. É um momento de redenção, o desabafo sobre tudo que viveram até aquele momento, a decisão de June de salvar a vida daquela que ela considerava sua pior inimiga em uma catarse emocional.

O resto do elenco consegue ter atuações convincentes, mantendo o bom nível de performance, sem se comparar ao das fabulosas protagonistas, mesmo porque seus personagens não tem tanta importância no enredo da temporada. Destaco Bradley Whitford (Com. Lawrence) e Ann Dowd (Tua Lydia).

O final não poderia ser melhor, puxando um ótimo gancho para o sexto e último ano da série. O reencontro de Serena e June, no trem de refugiados e a singela pergunta "você tem uma fralda?", sugerindo que as antes inimigas, poderão se unir para um propósito comum, talvez derrubar o regime ditatorial de Gilead.

A próximo temporada promete e espero que mantenha o nível desta e encerre a série de forma brilhante.

Eu não consigo gostar de uma produção que não explica absolutamente nada do que mostra durante todo o filme.

Até curto filmes enigmáticos, com alguma metáfora a ser desvendada, mas este joga um monte de dúvidas e não esclarece nada.

Mediano por conseguir manter o suspense, mas não vai além disso.

Os filmes policiais europeus, especialmente os oriundos de ex países socialistas, como este vindo da Polônia, tem sempre um clima mais sinistro que os similares americanos, uma ambientação sombria sempre em cores esmaecidas, entre o cinza e o branco.

Narrado em flashbacks, com uma edição um tanto confusa, mas uma trama envolvente e uma reviravolta, para mim inesperada.

Baseado em um livro que faz parte de uma trilogia, que ainda tem "Preto" e "Branco".