-
Psicopata Americano
1,9K Assista Agora -
O Dublê
149 -
O Menino e a Garça
218 -
Duna: Parte 2
676
Últimas opiniões enviadas
-
O Dublê
149
-
Filme com uma proposta de roteiro Pós-Modernista, fazendo referências a outros filmes, usando metalinguagem e com completa ausência de estrutura de 3 atos. Alterna partes da comédia romântica com cenas de ação. Uma das revelações está telegrafadas a quilômetros de distância.
A produtora usando o dublê para incriminá-lo era óbvio. A justificativa de usar um dublê para não chamar atenção é ridícula.
O roteiro se considera esperto ao tentar fazer troça com os conceitos de um filme, e se considera esperto por "ter superado isso". Mas, na prática, é um filme amorfo, que não gera apego algum para os personagens. Top Gun: Maverick, no outro extremo, usa uma estrutura convencional (uns aviões tem de jogar uma bomba em um lugar) de maneira muito mais empolgante e convincente.
O filme, basicamente, é muita espuma e pouco sabão.
-
Essa animação tem um grande significado, uma vez que se tenha ideia de alguns detalhes da biografia do autor. O grande incêndio, um mundo de fantasia, uma necessidade de passagem de manto para uma nova geração.
Comentam que o tal antepassado na torre seria, em partes, o Miyazaki. Mas também é possível interpretar que o idoso representa os mestres do passado do próprio Miyazaki, no começo da carreira. Quem sabe até mesmo pode representar o Walt Disney no seu estilo clássico, e a decadência atual desse conglomerado.
A trama com a menina/mãe mostra outra vez como essa história é cíclica. O futuro parece levar para o passado.
Um detalhe que eu considero interessante é o que o menino levou consigo no final da jornada. Um pouco das pedras mágicas e uma miniatura da idosa. A miniatura se transformou na própria idosa. A questão é no que a pedra se transformou. Isso pode indicar que o menino, no futuro, criará a sua própria realidade. Para manter o tema cíclico, ele seria futuramente um novo bisavô idoso.
Como o desenho é bem sutil, diversas interpretações são possíveis. Se for a real despedida do autor, estaria de ótimo tom. Uma despedida ao estilo de animação tradicional dos estúdios Ghibli.
Últimos recados
-
Alberto Roberto
Houston, we´ve gotta a problem.
-
Debora Senciani
Gran Torino, Duro de matar e ensaio sobre a cegueira matam a pau em lucas!
Fiquei curioso para ver esse filme por conta dos memes associados com algumas cenas.
O filme tem uma mensagem curiosa sobre as máscaras, as aparências, e estar acima dos outros conforme uma determinada métrica.
A cena do Bateman telefonando para o seu advogado é praticamente uma confissão religiosa. Que chega em ouvidos moucos. O psicopata sente que faz algo errado, e por vezes anuncia sua voz verdadeira para as outras pessoas. Eventualmente ele nota que ninguém dá atenção. Seja por não conceberem a ideia, ou por estarem focados em outras coisas.
O tema da música é abordado em momentos chave do filme. O protagonista admira a autenticidade da mensagem dos artistas, e faz uma resenha crítica que soa como profunda e culta. A sensação que passa é que Patrick gostaria de ter a coragem de publicar seus pensamentos mais profundos para que todos vejam.
A sociedade que serve de máscara para Bateman também é alvo de crítica. Os hyppies de Wall Street dessa época são retratados como fúteis, vaidosos, e hedônicos. O drama do protagonista é se ver preso entre quase semelhantes, sem possibilidade de expiação.