Últimas opiniões enviadas
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Há claras referências aos filmes "O Bebê de Rosemary" (1968) e "Possessão" (1981). O estilo de zoom e o modo de filmar relembra muito os filmes antigos do mesmo gênero.
Não cheguei a assistir "A Profecia" mas acredito que não impactou em nada a experiência ou o entendimento do filme no geral.
Houve momentos em que acabaram me arrancando boas risadas ao invés de me assustar ou me deixar aflita, tais como
a primeira cena da freira idosa no quarto ou a Margaret sem querer remover o torso do rapaz após o acidente...
Assisti "Imaculada" antes de "A primeira profecia" e estava curiosa para vê-lo pois sabia que ambos seguiam basicamente a mesma premissa e haviam sido lançados com poucos dias de diferença. Tinha uma expectativa grande para este filme pois não havia gostado tanto assim de "Imaculada" mas acabou que no final apreciei bem mais algumas ideias introduzidas no filme estrelado pela Sydney Sweeney.
Como sou uma pessoa cética, para mim faz mais sentido acreditar na opção apresentada pelo filme "Imaculada" em que a Igreja
opta em aceitar a ciência como uma opção para terem seus feitos concluídos ao invés de manter uma "besta" pronta para procriar e desta relação parir o anticristo.
Achei previsível os caminhos que decidiram seguir mas é um filme interessante e esteticamente bonito.
Últimos recados
- Nenhum recado para Mel Lumezzane.
É fácil demonizar Sandra, uma esposa
infiel que coloca o seu trabalho e a si mesma em primeiro lugar.
ser infiel pois a esposa não quer ter relações sexuais com ele, focar em seu trabalho e deixar em segundo plano as relações familiares, culpabilizar a mulher por tudo o que acontece na vida do filho e etc.
Acredito que o filme é muito mais sobre o que cada um decide acreditar e como se deixa influenciar com as informações apresentadas durante todo o tribunal, jamais conhecemos quem de fato foi o Samuel, Sandra ou Daniel antes do ocorrido. É quase como se o filme nos colocasse em posição de jurados.
O filme causa aflição e incerteza, é inquietante do inicio ao fim e prende a nossa atenção.
A sociedade é obcecada pelas tragédias, dramas e pelo lado sombrio do ser humano. Como foi dito na reportagem da tv, é muito mais interessante crer
(mesmo sem evidências concretas) que foi a Sandra quem assassinou o marido ao invés da possibilidade de ter sido uma morte acidental ou um suicídio.
Ambos estavam infelizes no casamento e seguiam caminhos diferentes para lidar com essa frustração. A cena final onde Sandra comenta que esperava um
alívio/recompensa após tudo que enfrentou é extremamente carregada, ela não pode em nenhum momento vivenciar o próprio luto do marido, teve de se defender a todo custo em um país que desde o inicio não foi muito hospitaleiro com ela.
Não acredito na
culpa de Sandra quanto a morte do marido principalmente após a perita representar como teria sido a luta corporal entre ambos e o quanto ela deveria se esforçar para conseguir uma vantagem sobre ele.
As cenas com Daniel são tão complexas, maravilhosa a forma como foi gravado a cena entre a promotoria e a defesa e o quão perdido ele estava no meio disso tudo. Não sei se é comum as testemunhas acompanharem todo o tribunal, isso pode influenciar na compreensão do ocorrido. Acredito que a cena do cachorro só mostra o quão desesperado ele estava com aquela situação, sem saber no que acreditar. A conversa com a "cuidadora" foi essêncial para que ele tomasse um partido, ele jamais poderá ter certeza do que aconteceu naquele dia mas ele assim como nós telespectadores escolhemos acreditar em uma "verdade". Interessante mencionar o fato da cena em que ele relata a conversa com o pai, temos uma representação do que teria acontecido porém
Samuel não fala com sua própria voz, quem coloca as palavras em sua boca é o próprio Daniel o que nos induz a pensar que independente da culpa ou inocência de Sandra, ele decidiu criar uma narrativa em que ela pudesse ser inocentada.
Filme com diversas camadas, excelente!!!!!