Gabriel Batista

Esse filme meio que já esta em Fury Road. Nas entrelinhas. Ainda assim, o desenvolvimento nos deixa mais íntimos da personagem. Nos deixa mais a par do nosso próprio mundo. Suas raivas, esperanças, progressos, regressos... E sobretudo, suas reações.

Miller é o homem que o cinema como arte precisa. Gênio das pautas sociais.

Com o tempo, o anarquista é pressionado a reconhecer sua fraqueza. Entra num estado de melancolia. Sua força já não é mais a mesma, e o que resta é a saudade do grande amor que passou.

Sempre chega a hora de descansar. Viver o luto. A imaginação até ajuda nesses momentos, mas até quando?

Gostei da edição ser fragmentada, mas só quando era do ponto de vista de Soledad. parecia memórias tidas no domiciliar. Não curti a irmã falando no meio.

As desventuras de uma desfem numa sociedade que vive de imagem e hipocrisia.

A personagem tem uma melancolia que nos conecta a ela. Suas dores, seu olhar ao mundo... E quando a colocam a prova, ela consegue provar o quanto que é real.